Eu sempre quis mais


Eu sempre quis mais um pouquinho de tudo. Do seu jeito, do seu carinho, do seu sorriso. Sempre quis mais um tiquinho de atenção. Ou de pelo menos um pouco mais do que você poderia dispensar.

Eu sempre quis mais beijos, mais desejos e mais sentir. Sempre quis mais um abraço (porque abraço significa mais que amasso). Quis mais um tantinho de você em mim, sem que isso significasse necessariamente ter você pra mim.

Quis tudo e tanto que acabei não tendo nada. Fiquei com o tempo que sobra. Com o resto da hora. Com os quinze minutos antes de você, sutilmente, partir.

Fiquei com pouco porque me permiti ter pouco. Fiz parte do tantinho. Do pedacinho. Do fim do fim. E essa decisão sempre coube a mim.

Mas me nego a decretar esse tal fim. Não sei porque cargas d’água deixei que acontecesse assim.

Aliás, sei sim.

Talvez essa seja a certeza que não me permito acreditar. No fim das contas eu me engano de que sei me entregar. Ou ao menos agarrar (e não soltar) tantas oportunidades óbvias.

Culpa? Apenas eu tenho. Porque quis, mas não consegui demonstrar esse querer. E hoje só tenho medo de ter medo de amar e, sem querer, endurecer.

Brisa Dalilla =08/04/2008=

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