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O texto que se segue não importa.
O texto que se segue, é a porta
Para encontrar-se com o nada.
E fazer-se de cego,
E demonstrar o medo,
E desaguar o enredo.
Falso enredo
Que te guia sem direção.
O texto é a forma da mão,
Dizer
E desdizer,
O que se há de fazer
Para encontrar o fundo,
Do mundo
E da realidade latente…
Não, gente!!
Não é isso que quero dizer!
Quero te fazer entender,
Que por mais que leia meus versos
Eles não te dizem nada!
São pensamentos frouxos,
Barca furada,
E não levam a lugar algum.
Eu entendo você… Eu sei!
É um engano comum
Que se comete ao pensar
Que eu sou artista,
Que sou escritora,
Ou poestisa.
Não sou.
Ou pelo menos não sou mais.
A poetisa enferrujada pelo tempo que passa
MORREU!
E o que se sucedeu
Era fato esperado…
Agora consumado.
Não farei falta,
Nem deixarei saudade.
O que se verá em minha lápide
É apenas uma tentativa de te dizer a verdade.
Sobre pensamentos frouxos,
Ditos profundos.
Sobe como desfiar o mundo
E perder a briga.
Não se engane, minha gente!
Não há mais ponto de partida!

06/06/2006


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