Eu poderia escrever aqui uma poesia minha.
Seja pra lhe deixar intrigado, desarmado,
Ou apaixonado.
Ah! Eu sei o que poderia!
Poderia recitar um canto
E te deixar preso num espanto – louco – ao ouvir
Minha forma descrente e incongruente
De fazer meus versos, retrocessos e sons.
Eu poderia fazer um texto diferente:
sem ponto nem traço sem métrica sem espaço
sem pingos nos is e sem regras tardias
Ah! Eu sei o que poderia.
Eu até poderia te mandar à merda de um jeito doce.
Aí você veria que não sente,
E que tudo que eu digo e escrevo se desmente.
Que por si só, esse jogo de leva e trás é uma mentira fria.
É um refluxo de idéias ininteligíveis
De um alguém que estando tão sem ter o que fazer
Fez ARTE!
E arte é coisa de mentiroso, eu sei.
Eu sei que até eu mesma poderia me chamar de mentirosa.
Eu sei, porque eu sei.
Ah! Eu eu sei o que poderia.
Brisa Dalilla =10/08/2006=
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