IMUNIDADE

IMUNIDADE

A gente acaba sempre se enganando
E achando que nunca mais vai sentir aquela dor.
Sempre acha que no novo amor
Tudo vai ser mais fácil de levar,
Que vão ser só flores e estrelas.
Aí lembro do meu sofrimento de outros dias
E choro, num desejo impossível de ser imune à perdição do amor.
Mas caio em mim,
Sinto essa dor,
E vejo que não posso ser imune a nada!
Que sempre vou sofrer de novo e de novo,
Que um dia haverei de olhar pra trás e ver o quanto fui boba,
Mas que naquele momento era necessário sofrer.
E quem é que vai fugir das mazelas do amor?
Nem eu, nem você, nem ninguém!
Não somos imunes a nenhum tipo de sofrimento
Ou sentimento.
Ou você acha que há dois dias atrás eu estaria escrevendo estes versos?
Estaria sim dando graças a Deus por amar, por me sentir amada,
E essas pieguices triviais (porém necessárias).
Mas agora, sozinha na cama, me pergunto:
“Cadê a felicidade de dois dias atrás!?”

Brisa Dalilla =22/01/2007


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