whatever


isso tudo poderia ser simples. poderia não me fazer tão abatida, tão fraca, tão suscetível. isso tudo poderia ser tão fácil. não precisaria ninguém sofrer, chorar ou ficar com a sensação de perda, de falta… isso tudo poderia ser tão mais vivo, vívido ou até mais vivido. poderia ser mais, simplesmente por ser, mesmo sem motivo aparente ou satisfação a dar para o mundo. poderia ser tão intenso, quanto os poucos momentos de luz fraca, sons inebriantes, lençóis novos e sensações indiscretas. isso poderia ser tão lindo, tão gostoso, tão sem palavras como as palavras que ninguém nunca consegue dizer. mas fica aqui o sentimento indigesto, a conversa travada, o dito pelo não dito. sobra uma tristeza estranha, uma indecisão tacanha e a vontade de fazer alguma coisa diferente pra que as coisas, então, sejam diferentes. resta a visão opaca de tantas lágrimas, o gosto amargo de não ter mais gosto algum e a certeza de que nenhuma certeza há de vingar.

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2 respostas para “whatever”

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