“Junte uma palavra à outra com cuidado. Dê-lhes um bom motivo para que dancem juntas antes mesmo de tocar a melodia. Faça com que tenham paixão mesmo que o papel seja somente branco. Aqueça os sentimentos que as carregam para que deixem aqueles que as lerão trêmulos e sedentos por mais. Amacie as palavras duras, faça mais acidas as juras de amor, exponha os medos como se fossem ervas daninhas crescendo ao sol e esconda os dons para os olhos mais treinados. Deixe mensagens para serem decifradas somente por aqueles que conhecem a mão que escreve. Ponha tudo de si em cada historia, mas seja completamente impessoal com seus personagens. Revele-se sem medo com a certeza de que nunca ninguém saberá onde termina seu eu mais intimo e começa a ficção. Explore todos os sentimentos, aqueles que conhece e muito mais aqueles que pode adivinhar no rosto dos que o cercam todos os dias, dos que contam suas desgraças na tela da TV e daqueles que sentam, mudos e anônimos, em bancos de praça e sarjetas pela cidade. Junte uma palavra à outra sempre que for possível, ou melhor, o faça todos os dias mesmo que seus membros estejam doloridos e sua cabeça pareça cheia somente da idiotice e mesmice de seu dia a dia. Faça. Escreva sem medo. É somente quando escreve que se sente plena e feliz, quando sabe que todos os fios da teia estão bem presos em suas mãos. Abra uma nova pagina. Assim…. Boa menina…”
Autoria do blog com o pé na cova e surrupiado do sempre certeiro copy-paste