Categoria: #poesias

  • EXPLORAÇÃO

    Leis, regras…Todas estúpidas!Nenhuma delas é relevante,Não há nada instigante.Toda minha estrutura,Minhas idéias,São detonadas por essa realidade torta.Meus erros e acertosSão os influenciadores de minha índole,Eu sei…Mas sei também que não me basta a descoberta,O importante é a exploração.Só à partir disso aprenderei a lidarCom as armadilhas da razãoE da emoção. Brisa Dalilla =09/05/07=

  • peccato originale

    peccato originale

    A boca úmida,Na vala úmida.Um ensejo de desejo,Mas a pele ainda não se satisfaz.Seu corpo trazO desejo latente,Pungente, indecente,E longe do considerado normal.Formal? Não!É totalmente sem padrões!Emoções, fusões,Jogadas no lençol branco.Aí amanso, me estanco,E arrefeço o desejo.Pois sei que o que sintoVai além do carnal.É meu intenso e desvairadoPecado Original… Brisa Dalilla =09/05/2007=

  • quando eu for embora

    Quando eu for embora Não haverá choro, nem saudade. Só felicidade! E a certeza do caminho seguido. Quando eu for embora Vou me libertar dessa falta de vontade. Dessa infelicidade! Aí sim vou viver de verdade. Brisa Dalilla =17/05/2006=

  • saudosismo

    Saudade. Apenas saudade. Saudade de uma realidade que não sei se vou viver. Saudade de pessoas que não sei se vou conhecer. Saudade de cidades que não sei se vou visitar. Saudade de mim. Saudade de minha inocência. Saudade da minha vontade. Saudade de qualquer vontade que seja. Saudade tão grande que nem sei se […]

  • black jack – a última jogada

    Você me pede pra ser difícil Mas esse jogo é tão antigo. De cartas marcadas, Jogadas ensaidadas. Pode até ter sentido por um tempo, Mas depois vira repetição. A busca insana da sedução… Poderia ser tão simples, Mas você necessita desse jogo. Olha… Eu vou entrar! Mas dessa vez é pra ganhar! Quero ver tua […]

  • às vezes

    Às vezes é apenas minha imaginação. Aquele arroubo de ciúme infantil na hora errada, O acesso de raiva incontrolada; Às vezes é meu estado de insegurança (constante). É um medo de ganhar e logo perder. É a tal baixa auto-estima que escondo de mim mesma; Às vezes é uma agressividade sem rumo, É o desabafo, […]

  • arte malograda

    O texto é estranho? Estranha é a forma de lê-lo! O texto é enfadonho? Enfadonha é a forma de entendê-lo… Meu texto é escasso de idéias inteligentes. É todo se métrica, rima ou certeza. Não é bonito, nem chamativo. Não é interessante, nem altivo. Meu texto não é para ser lido, Ou quiçá entendido, Por […]

  • paixão inexata

    Se ela insistir em vir (paixão inexata, abstrata), Deixe que chegue depressa. Que arrebate os sentimentos, Que transforme momentos, Que ilumine o semblante E não arrefeça o fogo iminente. Deixe que chegue do seu jeito, Mandando no peito. Cheia de força, graça, E, é claro, pirraça! Deixe que destrua Ou então que cure. Faça com […]

  • ATO

    E se busco Em outras vozes Aquelas palavras, Hei de encontrar Em outras frases Apenas o som, Mas não o verdadeiro sentido do ATO. E se busco Em outras mãos Aquele afago, Hei de encontrar Em outros braços Apenas o toque, Mas não o verdadeiro sentido do ATO. E se busco Em outros lábios Aquele […]

  • você espera

    Você espera sempre por aquele carinho manjado, As mesmas pessoas de sempre, Fazendo as mesmas coisas de sempre. Você se satisfaz com tão pouco, Com o trivial, o imutável, o normal. Você não quer alçar, correr, crescer! Não quer fugir, saltar, sumir! Não quer mais do que a vida pode te oferecer. Você não quer […]

  • o medo é meu

    O medo é meu Medo de não querer mais Medo de mim Medo da violência verbal a que me sujeito Medo do medo Medo dentro do peito Medo voraz Come minhas entranhas Mas não se satisfaz Não sou anjo Nem diabo Não quero ser nada mais Quero sumir desse desgosto pungente Dessa falta latente Desse […]

  • frio 127.jpg

    O texto que se segue não importa. O texto que se segue, é a porta Para encontrar-se com o nada. E fazer-se de cego, E demonstrar o medo, E desaguar o enredo. Falso enredo Que te guia sem direção. O texto é a forma da mão, Dizer E desdizer, O que se há de fazer […]

  • inspiração

    Enquanto não vem A tão fadada, inspiração Mexo em meu arquivos, Meus passados. Recolho os rascunhos E perco-me em lembranças. Mas o poeta há de ser saudosista, Pois não há poesia sem saudade. Então hei de crer na realidade, De que a inspiração não vem… Resta-me deitar ao lado dele. Meu muso, meu bem… E […]

  • mal do mundo

    A fome é o mal do mundo. Mas o mal do mundo É a fome de comida, seu moço… Não a fome de corpo, A fome de sexo. Essa fome É o mal da mulher. E eles só querem comer, Não conhecer, Nem conviver. E é um tal de: – Você é deliciosa! – Você […]

  • escancarada

    Sua voz, quando fala, é um grito. Sua história, quando contada, é um mito. E sua esperança permanece além do que espero. Além do que ela haveria de esperar… Escancarada. Mal vista, mal quista, mal falada. Ora. Então seria um mero acaso, Que o destino lhe reservasse tal fim? Mas como fim, menina? Esta passagem […]