De repente, não mais que de repente… Acontece o inesperado! As palavras se escondem, o grito some, e o coração apressa. Bum! Bum! Bum! Ai meu Deus! Ai meu Pai! E tudo que era fácil, fica difícil. E tudo que era possível, vira impossível! Até seu bichinho de estimação percebe o desassossego iminente. A verborragia de sempre é substituída pelo engasgo. O tempo é contado a cada passo. E o final do fim do infindável, ninguém sabe, ninguém soube, ninguém viu. Simplesmente sumiu! A presença constante e cortante mudou seu rumo. O jeito rápido e insistente simplesmente tomou prumo. E todos os motivos para se ser como se é, acabaram por destruir o torpor. O corpo rijo que se outrora se fizera presente, foi embora com aquela gente. Povo incrédulo, invejoso e intransigente. Tudo que construía se perdeu. O calor que já subia, arrefeceu. E o tempo e o espaço se foram junto aos passos daquele rapaz. Mas e então, e aí, e agora… Como é que se faz? O que lhe resta é viver e levar. Temer, mas continuar. Pois com o tempo, o passado e a saudade, hão de se acostumar.
20/06/2006