POETISA ENFERRUJADA


Sede eterna de emoção,
Ânsia de elevar-se,
Necessidade de criação.
Poeta não tem caminho certo,
É um artista sem direção.
Quer sorver todo pensamento do mundo
E transformar em arte arredia,
Preenchendo essa folha vazia,
Sedenta de tinta, letra e sentimento.
Quer ser todo esse tormento,
Quer ser tudo que não vai passar.
E não há como ter um controle,
Pois não consegue parar de versar.
Se não escrever,
O que haverá de fazer
Com suas idéias loucas
(que – acreditem – não são poucas)?
Não pode parar de criar,
De pensar, versar e realizar.
Pois apesar de ser a tão falada “poetisa enferrujada”,
O tempo para ela já não passa mais.
Ficou parado em algum lugar, lá atrás.
No redemoinho de pensamentos e/ou momentos,
Com sentimentos que não voltarão
Nunca mais…

Brisa Dalilla =04/09/2006=
[Em Vitória da Conquista]


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