Ei, abandonão!
Você largou aqui comigo
Teu corpo, gosto e coração.
Foi embora de mansinho,
Disse um tchau bem curtinho
E se foi por tanto e tanto tempo
Que eu fiquei aqui à toa,
Controlando as emoções
Do meu coração, todo perdidinho.
Ah, abandonão…
Você acha que é fácil
Lembrar de você toda hora?
Pensando obscenidades,
Aplacando vontades,
Marejando saudades…
Ó, abandonão…
O que dói mais é o momento
Que passa como filme
Lá nos confins do pensamento.
E a memória
(que sabe de toda nossa história)
Sempre para na hora exata
Do beijo gostoso,
Do abraço [des]pretensioso,
Do carinho no braço,
Do amasso descomplicado.
Ai, abandonão!
Sou escolada em brincar com tudo
Que me alcança a mão.
Mas não aprendi a controlar
Essa alma dessobediente
Que domina o coração…
Então…
Saiba que te amando
Preciso de sua presença,
Da carne, da fala,
Do toque, do gosto.
Sem teu colo em meu caminho
Fico é perdida num mundo oposto.
E sei que a fome da presença
É necessidade da paixão
Que não habita apenas
A alma da moça entojada,
Mas também o coração
Do seu doce abandonão…
Brisa Dalilla =10/07/2008=
*Começou a onda das poesiazinhas melosinhas e bonitinhas.
[hahaha] Adoro!