Minhas palavras estúpidas
Não cabem mais em minha boca!
Elas escapam de tal forma
Que não consigo controlar.
Mas minhas palavras estúpidas
Me protegem de suas ações estúpidas.
Então, pois que não,
Somos todos – eu disse TODOS – meros estúpidos
Vagando no meio de um não sei o quê!
Uma corja de loucos,
Sem atitude e sem profundidade!
Mais tua maior estupidez
É achar que é normal como esta corja.
Pois talvez, no fundo,
Os normais sejam como eu,
E eles – a corja – sejam os pobres loucos
A proferir reles frases feitas
Que no fundo me soam como frases de pára-choque de caminhão.
[Don’t try to understand my stupid words
‘Cause u can’t reach them]
Pois também faz parte dessa burrice inveterada,
Dessa massa ultrapassada, de gente que se pensa elitizada!
E minhas palavras estúpidas (que tanto te enojam),
Não cabem mais em minh’alma.
Elas não calam… Não calam!
Apenas falam tudo que vai de encontro
À tuas fracas ilusões.
Eu não desisto!
Eu nasci para transgredir,
Para mudar,
Modificar.
Nasci para ser teu avesso.
Talvez por isso combinemos tanto:
Eu estúpida; você iludido.
Mas não tente acreditar em mim,
Não confie em mim nem em minhas palavras estúpidas.
Pois sou apenas a poetisa enferrujada pela ação do tempo que passa.
Nada mais.
[and who cares?]
Brisa Dalilla =20/04/2005=