Você é
Meu antro de palavras
E poéticas
Nunca escassas.
Meu medo de perder-me
Entre as opções
Não exatas.
É
Meu freio que não funciona,
Não para,
Não arrefece.
Meu misto de homem,
Menino,
Moleque.
É
Meu caso cheio de acasos,
Um contraponto
Ao que deveria ser.
Meu interlúdio de fantasia,
Desatino em alegria,
Expressão de prazer.
É
Meu marco, meu ponto de convergência,
Às vezes com incongruência
Nas necessidades do ser.
É meu cesto de vontades,
De imensas saudades
E intenso querer.
Você é
Meu vôo sem escalas,
Minha medida de palavras
Que nunca acabarão.
Meu ar em movimento,
Meu excesso de senso
E minha falta de chão.
Brisa Dalilla =30/06/2008=