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lembrar dói
lembrar de quando a poesia escorria pelos dedos e se entranhava em outros dedos por onde também escorriam poesia, dói. é uma dor fina, porque as palavras estão lá, mas não se encontram mais. foram condenadas à liberdade eterna, a um limbo onde a escrita não é mais etérea, a navegar soltas no espaço sem […]
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é proibido parar de gozar
porque ser vivo é ser etéreo. é brincar de ser invencível e de lançar o corpo no turbilhão das vontades não aplacadas. é querer sorver cada centímetro de alma pela boca; tocar o coração com os dedos; acariciar o tempo, beber o sorriso, congelar o momento. é sambar os desejos, batucar paixão com saudade e misturar […]