lembrar de quando a poesia escorria pelos dedos e se entranhava em outros dedos por onde também escorriam poesia, dói.
é uma dor fina, porque as palavras estão lá, mas não se encontram mais. foram condenadas à liberdade eterna, a um limbo onde a escrita não é mais etérea, a navegar soltas no espaço sem se tocar.
e o que me resta é lembrar.
mas lembrar dói.