-
[NO PACIENCE DAY]
A folha de papel me encara, solene. Pede que a preencha, pede para sorver meu sentimento. Mas sei como refutar seu desejo, dizendo: “Ó, minha amiga. Esse não é o momento!” Hoje é um dos muitos dias de entojo. De olhar pro mundo e pensar: “O que faço aqui mesmo?” E andar pela cidade do […]
-
O ESCOLHIDO
Será que alguém entende esse pranto, latente?Será que alguém ouve esse grito, estridente?Deve ser alguém que não vejo,Mas no fundo, desejo.Alguém que não conheço,Mas faz parte desse processo.Assiste à minha auto-flagelaçãoE condena minha auto-recriminação.Este alguém sabe que a melancolia não condizCom a caricatura felizQue faz sombra em meu rosto.Esse alguém transita nestes versosE faz-se presente […]
-
Please don’t stop WHAT??!!
It´s getting late(Está ficando tarde)I´m making my way over to my favorite place(Eu estou indo para o meu lugar preferido)I gotta get my body moving shake the stress away(Eu tenho que mexer meu corpo, afastar o estresse)I wasn´t looking for nobody when you looked my way(Eu não estava procurando para ninguém quando você olhou pra […]
-
ARTE
Camena é minha arte,Minha criação,Meu roteiro inacabado. É meu sinônimo,Meu anônimo,Minha (ir)realidade. É meu sentimento(há tanto guardado)É meu realEspectro imaginário. É o poeta consistenteQue em sua poesiaNão se encondeE não mente. E que é meu(em sua maior parte)Até porque foi criadoPela minha própria arte. Existe simplesmentePelo querer do meu quererE se tornou a personificaçãoDo mais […]
-
LUAR INABALÁVEL
Hoje vejo o luar, que me envolve.Peço pra que a noite não se vá…Prezo esta luz, que no infinito me absorve,E que mostra decisões a tomar.Tô pensando em fazer loucuras!Mas loucuras não irão bastar.Talvez baste o que tenho a dizerDeste luar sem precedentes reais.Ninguém sabe as respostas!Então porque perguntar?Amamos em silêncio,Numa roda sem saída,Numa indecisão […]
-
Realidade – Um desabafo
A realidade tem tons cinzentos. O mesmo tom dos ternos risca de giz que os advogados usam debaixo de uma temperatura de 40 graus (e não sentem calor). A realidade tem o tom vazio da poesia que não foi terminada. Tem a cor negra do cabelo da patricinha que faz – feliz – suas compras […]
-
A POESIA SUMIU!
A poesia sumiu!Tá escondida num canto qualquerDo meu pensamento. Brisa Dalilla =2004=
-
IDENTIDADE
Chamo-me de quantos nomes quiser.Tenho a identidade que me convier.Ser uma única pessoa torna-se comum,Quase vulgar!Posso ser Cíntia, Maria, Anita,Todas as mulheres possíveis!Da garotinha que te põe malucoÀ mulher madura que te guia no escuro.Um criança crescida, que é embaladaNum sono denso e profundo.Serei a personificaçãoDe toda mulher que sente paixão.A mulher que treme, queima…Que […]
-
Tempestade de nós
Temos meteorologia, física e química próprias.Somos iguais que se atraem (e se distraem!!).Corpos soltos que se misturam e se contraem.Corpos do tipo opostos, e sempre a postos!Mistura homogênea, como bem disse a Palladino.Desafiamos a gravidade, abusamos da força,velocidade e aceleração nos corpos em interação.Manipulamos o nosso tempo, fazemos clima.Quase sempre é tempestade (de nós)Se é […]
-
Desejo Contido
Beber, fumar e pensar besteiras.Obscenidades… Não importa o teor,Importa a intensidade! Intensidade da imaginação,Do cheiro ou do desejo contido. Intensidade do pejoQue não emudece. Não arrefece… Ah… Vem…Canta!E canta forte e ALTO!Que o desejo contido MATA! Brisa Dalilla =15/05/2008=
-
Curtinha [1]
Cadê a rima? Cadê o nexo?Tudo que me vem na cabeça RE–METE a sexo! Brisa Dalilla =13/05/2008=
-
ASSIM MESMO
Na hora do gozo… Ora, ora…Você vira tudo, e eu (?!)Me resumo a nada!Nada do nada e tudo do nada.Aí você me olha e se regozija, Com essa cara safada. Pedro Camena =10/05/2008=
-
SUJEITO SEM JEITO
Com você é bom de qualquer jeito.Até mesmo sem jeito – do jeito que você me deixa! -,me beija e me acolhe, de todos os seus jeitos.Você me envolve, abusando dos trejeitos,e deixa tudo suspeito. Daquele mesmo jeito de que“Não tem mais jeito, sujeito!”. Pedro Camena =10/05/2008=
-
MOmeNTos COncrETos
………………………….NeSses nOsSos MomENtoSINtenSOs, iMEnsOs…………………………………..………………………….PEnsO tUDo o QUe SeNTeSeNtE tUDo QUe PeNSo…………………………….……………….tRAnsForMAmoS A pALavRa ARreDIaeM pOEsia……………………………………………..……………………………………….Na NOitE vAZia. Pedro Camena e Brisa Dalilla =05/05/2008=
-
SOBRE O MEDO
Ele diz: Enquanto lhe mudo eu me censuroMudo o seu mundo e o seu medoMe deixa mudo… Enquanto lhe mudo eu me desmantelo É como seu eu sentisse que Transformo o que está pronto E retiro o que jaz singelo… Como se eu maculasse o puro Com esse meu jeito quase maduro… Ela responde: Meu […]